Na curva de uma rua, encontrei um quarto com um movimento incomum. Curioso, decidi me aproximar para entender melhor o que ocorria ali. Ao adentrar o local, minha vista presenciou um salão com mesas longas, iluminadas com luzes fracas e vários indivíduos concentrados em jogar. Foi nesta hora que descobri que aquele era um quarto de apostas.

Os jogadores ali pareciam animados, conversando entre si, rindo e bebendo. Com certeza estavam ali para se divertir, arriscar dinheiro e fazer novas amizades. Decidi me juntar a eles e entender como aquilo funcionava.

Logo percebi que ali havia um jogo para todos os gostos e para todos os níveis de habilidade. Começamos a jogar pôquer, que é uma modalidade popular em todo o mundo. Alguns jogavam com estratégias intensas, outros levavam a sorte como sua principal opção. Outros demoravam muito tempo para tomar decisões e pensar ao jogar as cartas.

Quando trocávamos os jogos ou passávamos para outra mesa, via que não havia muitas diferenças entre os jogadores. Todos, de alguma maneira, ficavam em um estado de espírito interiorizado, buscando a melhor jogada para vencer outras aposta. Às vezes, era curioso ver como a felicidade passageira de uma vitória fazia o jogador esquecer de que perdera muito mais dinheiro durante as rodadas.

Notei também que não eram apenas homens que jogavam ali. Longe disso! Havia algumas mulheres que jogavam com uma facilidade surpreendente. Elas estavam ali para se divertirem, mas não para se deixar enganar pelas estatísticas de perder. Confiantes em sua habilidade e sorte, não pareciam ficar abaladas quando perdiam.

O clima do quarto de apostas era animado e descontraído, mas havia algo que me incomodava. Algumas pessoas levavam tudo tão a sério que tornaram-se cínicos ou mal-humorados. Ficavam irritados com tudo, mostrando sua raiva e ansiedade pelas decisões dos outros. Alguns chegavam a destilar uma agressividade hostil para os outros, deixando um ar tenso, perturbando aqueles que estavam apenas se divertindo e jogando suas fichas.

Ao fim da noite, percebi que as mesas estavam quase vazias e os jogadores sumiam um a um. O quarto de apostas já não tinha o mesmo clima alegre que vira no início da noite. Restavam apenas algumas cartas espalhadas pelas mesas e o som das fichas do jogo.

Foi uma noite divertida e enriquecedora. Aprendi que cada pessoa tem uma abordagem única para jogar, uma estratégia que depende muito de sua personalidade e intuição. Para alguns, é um hobby que permite esquecer as preocupações do dia-a-dia; para outros, é uma profissão e uma oportunidade de ganhar dinheiro.

No meu caso, sempre pensei que jogar era uma maneira de se divertir e passar o tempo. Não nego que uma vitória reassobrece o humor, mas aprendi que, para outros jogadores, ganhar ou perder talvez fosse a única coisa em suas vidas. Não me esquecerei daquela noite e das pessoas que se divertiram juntas no quarto de apostas. Que fosse um lugar para se vivenciar as emoções do risco, tanto asos picos de alegria quanto os abismos da tristeza.